Meu papel hoje era fazer as rondas normais e avisar, para quem tivesse indo embora para que, se quisesse, deixasse a lona do acampamento como doação para a Defesa Civil de Rio Negrinho.
Hoje o movimento estava grande na área que eu cuidava, tinham mais slack lines montados e a galera estava firme tentando aprender. Vieram os mineiros oferecer erva. Meu irmão e Vinícius brincar no elástico e Claudinha, que vinha todo dia me fazer companhia e papear.
Calma, calma, calma
A terça-feira foi passando e os campings, aos poucos esvaziando. Por mais que estivesse chegando o final do festival, eu estava a todo vapor pensando que hoje é dia de Di Melo!
Quando deu o horário esperei Xicó aparecer para avisar da minha partida para comer. Mas antes disso começou o show. Não consegui me segurar e dei uma corridinha no palco ( Xicó não fique brabo, foi rapidinho!).
A segunda música foi a minha favorita “A vida em métodos diz calma”. Calma, calma, calma pensava eu, como um mantra. O coração pulava de alegria. Cantei junto e quase perdi a voz.
Depois da segunda música precisei voltar a meu local de trabalho, ainda bem que a cozinha fica bem pertinho do palco e eu ouvi o show todinho! Di Melo dizia “Psicodália, amo vocês! Não é demagogia não, é de verdade. Psicodáááália!”.
Um cadinho de sertanejo na fazenda
Momento antes do show, começou uma chuva, mas uma chuva daquelas que faz você já começar a pensar como vai dormir essa noite pois tem certeza que sua barraca estará todinha molhada.
Estávamos nós em uma fazenda lindíssima, tomando uma cuia, em volta de uma fogueira. O que mais precisávamos para nosso cenário ficar perfeito e com cara de campo? Sim o início do show do Almir Sater. Nunca me senti mais sertaneja do que aquele dia.
O som daquela viola, aquelas letras maravilhosas. Devo admitir que fiquei surpreendida com tanta qualidade musical. O clima, mesmo com aquela chuva, era de calma e sossego. Faltou só um bom cafuné.
Para tudo se tem um jeito
O som que era para rolar, na programação oficial, até as 18 hrs se estendeu até tarde da madrugada. Bandas que já tinham tocado como Cadillac Dinossauro e Central Sistema de Som iriam se reapresentar.
No final das contas a aparência de caos era só por fora, por dentro ela tinha molhado bem pouquinho. Bem menos que a barraca de meu irmão. Então convidei ele e Vinícius para dormirem aquela noite na minha barraca.
Nesse meio tempo diversas fogueiras foram acessas no Dália. Todo mundo estava se virando para conseguir secar as roupas, toalhas e cobertas que tinham sido lavadas pela chuva. Fomos ajudar algumas pessoas a acender as fogueiras, eles eram de Belém do Pará e de Vitória.
Fomos atrás de lenha e grimpas. Quando chegamos com elas e as mesmas ajudaram a dar força no fogo eles ficaram espantados. Mesma cena que aconteceu no Psicodália do ano anterior com um grupo de mineiros e paulistas.
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