Porém, acordamos muito aliviados.
O dia anterior tinha sido uma loucura, mas lá estávamos nós, sãos e salvos. Apreciamos mais um belo nascer do dia.
O sol já estava quente e convidando para um banho de mar. O mar estava como sempre, ao mesmo tempo refrescante e quentinho, fazendo ficar na água minutos a fio sem perceber. Era perfeito.
Logo depois, retornamos para a nossa barraca, lá encontramos Fábio.
Contamos para eles nossa saga do dia anterior e ele não pode acreditar que tivessem nos largado lá, achando um absurdo a situação. Nossa vontade era voltar lá e falar com o tal médico que nos disse que iriamos ter como voltar... Mas quer saber, estávamos é querendo sossego. Comemos e nos organizamos, então, para irmos para a pista dançar.
Nos encontramos com o povo de Curitiba e ficamos lá, curtindo um som. Uma garota vestiu um bonecão desses do carnaval de Olinda e andava pela pista. Outros curtiam as cores das tintas em pó que eram jogadas no ar e que caiam pintando aos que estavam por perto. Semelhante ao que acontece no festival indiano Holi.
Observando a tudo isso, ficava lá apaixonada pela movimentação. Foi quando vi um garotinho, devia ter seus 7 anos. O mesmo tinha cabelos tigelinha que dançavam saltitando quando ele corria pela pista. Curtia como se não houvesse amanha, feliz da vida. Os adultos seguiam a dança, interagindo com ele a cada momento.
Apaixonantes figurinhas que serão os futuros sujeitos desse mundão começando sua vida em lugares que pregam o respeito, a alegria e a tolerância. Que levem para a vida esses ensinamentos. São as verdadeiras crianças cristais.
A geração cristal nasceu volta dos ano dois mil e elas começaram e encarnar na Terra. Elas representam o próximo passo na evolução humana. Elas tem maior facilidade em entender e sentir aquilo que dev ser feito e irão detonar os velhos dogmas e sistemas. Serão os guerreiros espirituais que vêm desmantelar e remover maneiras velhas e limitadas de pensar e elas vêm para começar o processo de renovação e reconstrução.
Lá estávamos todos em sintonia, adultos, crianças, homens e mulheres. O ano de 2013 terminou com graça deixando saudades. Mas 2014 chegou com tudo, cheio de lições e acredito que será assim para todos nós.

Após a palestra ocorreria um espetáculo para crianças. Lá, voltamos a ter contato com as ilustres figurinhas do festival. Um palhaço apresentava um número de mágica e palhaçadas. As crianças, muito concentradas sentavam em fila na areia da praia para assisti-los. Algumas ficavam no colo de seus pais que também assistiam ao palhaço. De vez enquanto o artista chamava um deles no palco para participar, elas se amarravam. Ficamos ali, iguais a crianças, curtindo e dando risada.
Vimos o por do sol por entres os coqueiros e aos poucos fomos lembrando que era nosso penúltimo dia de Universo Paralello. A noite foi chegando, belíssima e estrelada como sempre. Curtimos a noite andando pela praia e curtindo um som aqui e outro ali.
Perto do Chillout conhecemos um camarada gaúcho que faz trabalhos em tiedye. Meu irmão usava uma camiseta de tiedye que tínhamos comprado no Psicodália. Ele então chegou e já veio dizendo, com aquele sotaque gaúcho.
- No psicodália sabe? Ela é tua sim, lembro dos teus produtos- disse Victor.
- Sim eu até comprei um brinco teu, bem lindo- complementei.
-Bah! Que lega. Adorava essa camiseta. Mas agora mudei de tinta, venham ver.
Ele e sua família, esposa e filho, viviam vendendo sua arte nos festivais, viajando de Combi. Quantas histórias! Nossa conversa foi encontro muito produtivo e agradável.
Depois de curtir bastante, só nos restava ir descansar algumas horinhas para poder estar disposto para o dia que chegava. Voltamos devagar para nossa barraca que ficava na outra extremidade do festival. Deitamos e dormimos rapidamente. Amanha, nosso último dia de festival. Queríamos ver o sol nascer!
Fontes sobre geração cristal: Caminhos de luz.
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