quinta-feira, 18 de junho de 2015

Primeiro destino, primeiros aprendizados

O nosso primeiro destino foi a cidade de Ribeirão Preto no interior de São Paulo. Ficamos a sexta-feira inteira rodando saindo cedinho de Morretes, ansiosos para chegar a cidade. Mais de 600km de caminhada.
Nossa primeira escolha foi primeiramente devido ao Festival João Rock. Porém na cidade, por sincronia do destino, moram os nossos amigos do grupo Circense CirKombi. Sim, mais uma combi arteira no role.

Ana Luz quando foi a Chapada dos Veadeiros,Goiás, conheceu o grupo e ficou encantada com o talento e energia dos mesmos. Meses depois, em Novembro, eles foram a Curitiba e pudemos conhecer a todos e a Combi que também é toda colorida. Para selar a amizade Pedrinho, um dos integrantes, nos convidou a ficar em sua casa nesses dias.
Após alguns sustos com a Sacica, inevitáveis quando falamos de Combi, chegamos já passada as 22 horas em Ribeirão. Pedrinho já tinha nos avisado que eles estariam em uma festa cultural para arrecadar verbas para o Se Vira, festa organizada pelo pessoal. Foi atrás desse endereço que fomos nós. Já chegamos em clima de festa!
Procuramos o endereço indicado e logo avistamos a CirKombi, que felicidade!!! Entramos no Memorial da Classe Operária, sem conhecer a maioria do pessoal presente. A música, entretanto, conhecida de velhos tempos, um cover de Janis Joplin de arrepiar.
No meio da movimentação encontramos logo após o palhaço Amendoim amigo da tru
pe que nos recebeu de um modo bem palhaço, sentado em sua mini bicicleta e gritando um oi bem alto. Logo encontramos Pedrinho, Ícaro (que nos recebeu novamente bem palhaçamente com confetes e palhaçadas) e fomos conhecendo o pessoal.
Conhecendo Ribeirão
A manhã na casa da CirKombi começou muito animada. Todo mundo sorridente. Muito malabares rolando, música boa, troca de experiências. Alongamento matinal e comida saudável. Na casa podemos ouvir o sotaque paulista dos meninos da casa e o sotaque espanhol dos espanhóis Raavi e Lara (apelidada de Lerele).
Na casa também se encontra o Osama, cão com cara de bravo, porte de cachorro bravo e jeito de cãozinho meloso. Quando chegamos a casa foi aquele susto, que durou tão rápido, quando ele começou a abanar o rabo e pular feliz com nossa presença.
Nosso primeiro dia de Ribeirão Preto contou também com ilustres presenças como da banda Planet Hemp, Mato Seco, Criolo e Gabriel O Pensador. Curtimos o sábado com shows deliciosos. Antes do evento ainda pudermos expor na frente do evento e isso contou com fotos e mais fotos do pessoal que estava muito encantado com animados com a Combi “Woodstock”.
Como todo festival o João rock foi super legal, mas contou com preços caríssimos sendo R$7,50 uma lata de cerveja, R$ 10,00 um milho e também o pastel. Contou também com aqueles atrasos de horas, que fez com que você ficasse de pé esperando pelo artista.
Domingo o dia começou da mesma maneira, calor, calor demais da conta (enquanto  nossa terra natal Curitiba o frio é tão intenso que até geadas ocorreram). Céu azul e muita festa. Fomos conhecer mais a cidade e resolvemos expor na feira do livro na praça central ao lado do calçadão principal. O movimento era intenso. Enquanto isso os malabaristas foram artear pelas ruas. Trabalhando com alegria e satisfação!
A semana começou trazendo mais uma novidade: chegava o ônibus do grupo Circo Pirata. Emannuel e Carol dois artistas circences que viajam no pais com um micro ônibus encantado. Representando a mulherada Carol é a pilota da nave.
Lugar novo, novas experiências
Todos os dias acordamos cedo para ir as ruas trabalhar e fazer nossa grana de cada dia. Pessoas diferentes, com roupas diferentes, fazendo um trabalho diferente. Trabalhamos em algo diferente e fazemos diferente quando trabalhamos alegres, sorridentes, sem reclamar, sem querer ir embora e pegar férias, pois nos fazemos aquilo que amamos.
Alguns perrengues acontecem, claro, principalmente comigo e com a Ana que recebemos várias intimadas dos fiscais das ruas. Como estamos descobrindo a cidade, ainda não sabemos onde se pode expor artesanatos e onde não. Como essa questão faz parte da legislação do município, temos que ir até as ruas e descobrir na experimentação. Na terça-feira, 18, por exemplo, tivemos de mudar de lugar quatro vezes.
Mesmo saturadas andamos tanto que a cidade se tornou  conhecida e fomos aos poucos reconhecendo os caminhos. Nas andanças, para valer o dia, conhecemos essa bela árvore da foto
. Ela não possuía placa indicando qual sua graça, se alguém souber posta ai nos comentários, vamos adorar saber.
Para os malabaristas Victor e Marcelo o sinal também trazia seus desafios com o sol da “California brasileira” como chamam os nativos. Protetor é indispensável para não ficarmos queimados depois de dias de frio da capital paranaense.
As gírias e o sotaque também tem sido motivo de perguntas constante como “vocês não são daqui ne?”. A gíria “tesão”, que em Curitiba significa “legal”, show”, também me rendeu o mico quando falei que um brinco era “tesão” a um garotinho, coitado, me olhou espantado não entendendo o por que falei aquilo.
Começamos a viajem somando dias de aprendizado profundo, alto conhecimento, muitos contatos com pessoas maravilhosas que nós acolhem como irmão de longa data, alimentos saudáveis, novos sabores.

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