quinta-feira, 3 de abril de 2014

Todos conectados pela arte


Minhas amigas Sissa e Luanna, começaram juntas, o projeto "Fazendo arte". O intuito é transmitir os conhecimentos , que ambas possuem, relativos a arte, para a maioria de pessoas possíveis, acreditando no poder da arte.
Jacqueline é a proprietária do espaço Beira Mato, local no qual acontecerá o Festival da Lua Cheia. Ela, canta, toca violão e está sempre envolvida com a arte. Tanto acredita nesse ramo, que está organizando, pelo segundo ano, o festival, que contará com mais de 50 atrações artísticas nesse ano.
Victor é meu irmão. Menino esperto, que aprende fácil tudo que lhe colocam à mão. Primeiro por que tem facilidade com a arte, toca qualquer música de ouvido, faz artesanatos lindos, tem bom gosto. Segundo por que ele se esforça para aprender tudo que quer, e sempre chega lá.
Eis que o destino desses sujeitos, e os meus, se juntaram. Tudo começou no prelúdio do festival, no qual nós, meu irmão, as meninas e mais alguns amigos, ficamos responsáveis pela decoração do local. Foi tanto trabalho, tantas ideias, que aquilo não podia terminar ali.
Foi então que, percebendo o interesse das crianças pela prática de artesanatos e também pela produção de cartazes que fizemos no dia, resolvemos estender esse projeto para além do festival.
Jacqueline é educadora social, e então, conseguiu um dia para trabalharmos com as "suas" crianças na ONG na qual trabalha a ABAI. Sem titubear, aceitamos na hora. Nada melhor que transmitir conhecimento para os seres mais iluminados da terra: as crianças.
A Associação Brasileira de Apoio a Infância (ABAI),  é uma ONG que nasceu do conjunto de amigos suíços e brasileiros, na década de 70. O espaço funciona na cidade metropolitana de Mandirituba, em um local que inspira amor. O grupo atende a crianças, que não possuem a companhia de adultos no contra turno do colégio.
Além das atividades educativas com as crianças, que recebem alimentação e educação ecológica, a ABAI também conta com atividades de agroecologia, horta comunitária e trabalho sempre junto a natureza. Deste modo, oferece o melhor alimento possível a suas crianças e as ensina a respeitar a natureza.
Outro grande trabalho realizado pelo local, é o combate ao alcoolismo, que atinge a muitos pais de crianças que frequentam o local. Para isso, eles realizam campanhas de combate e tratamento pessoal com cada participante. Além também do restaurante terapêutico, o primeiro restaurante sem álcool da região.
Para realizar a atividade, precisamos acordar bem cedo. Pegamos o ônibus das 6hrs da manha para conseguirmos chegar a tempo de pegar o ônibus escolar junto com os alunos. Chegamos na hora certa! Entramos no veículo. Vários olhares curiosos nos rondavam. A primeiras perguntas foram:
- Tia, isso no seu cabelo é dreads ne? - perguntavam pra Sissa.
- Tia, você tem um piercing no dente?- perguntavam curiosos quando viam meu piercing.
E assim fomos fazendo os primeiros contatos. E sem muito esforço, ficamos amigos rapidamente. O local em que a ABAI funciona é cheio de natureza, som dos pássaros e ar puro. Ambiente perfeito para se aprender, para se viver. Assim deveriam ser todos os ambientes escolares. Longe de fumaça, buzina e stress.
Após conhecer o local mais a fundo, os organizadores, a horta, a composteira, o espaço dos animais, vacas e cavalos, estávamos mais animados ainda para transmitir mais conhecimento aqueles seres de luz.
Começamos organizando a equipe para alguns realizarem a produção e prática de malabares, outros pintura facial, e o restante ensinou a criançada fazer artesanato. A animação era grande, eles nem sabiam por onde começar. A manha passou em um flash. Aos poucos estava tudo colorido, as crianças e o espaço, cheio de filtros dos sonhos.
O almoço comunitário já estava exalando um aroma tentador, mas antes de comer, tivemos o privilégio de ouvir a apresentação de música dos pequenos, que tocaram a cantaram algumas canções, que Jacqueline, ensinou aos mesmos com muito amor. Parecia um sonho, crianças felizes, cantando, coloridas, animadas e educadas.
O período da tarde foi tão lindo quanto. As crianças participavam cheias de ânimos dos aprendizados. Se esforçavam para fazer o melhor possível. A conexão estava forte, nos sentíamos amigos de longa data.
Por influência de nosso estilo, as crianças queriam que seus rostos fossem pintados com as cores do reggae. Alguns pediam para escrevermos Bob Marley nos seus braços. Nessa hora entendemos como o exemplo constrói. Graças a Deus podemos transmitir um bom exemplo para eles, de uma música que prega o amor e o respeito.
E assim se passou o dia, rápido demais pro meu gosto. Já era hora da despedida. O local estava ainda mais bonito, mais filtro dos sonhos enfeitavam o ambiente. Satisfeitos pelos resultados, recebemos beijos e abraços de adeus.
Mais do que ensinar, aprendemos e muito com os pequenos. Que a arte possa sempre transmitir coisas boas e principalmente agregar pessoas!
 
 
 
 
 
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