segunda-feira, 17 de março de 2014

A lua cheia e seus encantos- preparativos para o Festival da Lua Cheia

 
Tudo começou e terminou com ela, como sempre. O final de semana prometia uma lua cheia linda e cheia de boas vibrações. Isso nos deixava ainda mais animados, pois estaríamos num pico lindo, com fogueira, violão, arte e muito trabalho.
A maratona de festivais de música e arte não pode parar, por isso já estamos como próximo em vista: Festival da Lua Cheia. Esse ano, agregamos nossa contribuição cuidando da decoração da fazenda Beira Mato, local que ocorre o evento, em Mandirituba, cidade metropolitana de Curitiba.
Combinamos com os amigos para irmos até o local no qual o prelúdio que ocorreria. O ônibus que vai para lá chama-se Areia Branca, e coincidentemente tinha um ponto na esquina de casa. Assim chamamos a galera para dormir na minha casa para sairmos cedo.
Nada melhor poderíamos ter armado, a noite estava agradável, com uma lua linda no céu, quase cheia. Como sempre, era a única menina no meio dos garotos. Uma coisa que acho muito agradável, não troco por nada os aprendizados que tenho com ele. Amizade verdadeira e sincera.  Chegaram

Vinícius e Wellinton, depois de um tanto Marcelo.
Eu e meu irmão esticamos uns colchoes no quintal, apagamos as luzes e ficamos lá, iluminados e inebriados pela luz da lua. A cada minuto que passa entendo mais sobre a simplicidade da felicidade. Não preciso de muito mais que companhias agradáveis e agregadoras e muito contato com a natureza.
E a noite foi assim, de baixo da lua em um colchão no quintal. Dormimos sem pressa. Acordamos no outro dia, fizemos um lanche e partimos rumo a Areia Branca. O ônibus que era para passar de meia em meia hora (de acordo com o horário da internet), passou duas horas depois.
Depois de mais uma boa pernada, conseguimos chegar na fazenda ainda antes do almoço. A galera já estava reunida produzindo o palco. Chegamos, cumprimentamos todo mundo e a energia positiva já começou a nos dominar. É como Marcelo citou, parece que existe um portal que separa esses lugares do resto do mundo.


Como estamos responsáveis pela decoração, já colocamos a mão na massa, ou melhor na arte! Os meninos foram cuidar da bioconstrução e eu fiquei fazendo placas coloridas e divertidas com dizeres e com especificações quanto à localização, como “bar”, “caixa” entre outros. Logo mais a criançada chegou e começou a olhar. Como não podia deixar de ser, pediram para soltar a criatividade nas placas. Pegaram material e também fizeram a arte deles.
Perto do meio dia um cheirinho começou a rolar no ar. Estava na hora de almoçar! Reunimos a galera toda para um almoço pra lá de especial. Jaqueline e Heráclio, os proprietários da fazenda junto com os seus amigos, pessoas de um coração enorme, que moram também na região, prepararam para nós uma comidinha caseira de primeira! Sentamos todos e compartilhamos mais um momento de troca de ideias e sorrisos.
Após o almoço, nem aquele cansaço que ocorre depois das refeições fez a gente parar. Estávamos pulsando arte. Manu e os meninos foram finalizar suas bio-construções e também a decoração do palco. Eu e Sissa começamos a produzir filtro dos sonhos. Novamente as crianças estavam lá, ligadíssimas e loucas para aprender. Elas pegaram cada uma um cipó e aprenderam a tecer. Rapidamente estavam todos envolvidos e soltando a criatividade.

A tarde, uma pausa para mais arte. Iríamos apreciar o número teatral da trupe Pataquada. Uma trupe formada por pessoas lindas! Sentamos na grama e rimos muito com o palhaço Lesado. As crianças não se continham de alegria, riam, gritavam e quase entraram no palco.
E assim foi o dia todo, muita arte, criatividade e gratidão. A palavra que resume tudo isso é GRATIDÃO. Ao final do dia, recebemos muitos elogios pelo trabalho. As mães agradeciam o carinho com os filhos. A mais emocionante foi quando Janaína, que cuida da parte das artes gráficas do festival, disse que estava numa fase difícil com a filhas pré-adolescente (ou seja muito stress pros pais) estava difícil de lidar, mas ali, ela e a irmã estavam tão calmas e satisfeitas, que ela tinha certeza que elas nunca mais iriam esquecer aquele momento. Nós também não.
Neste sábado conheci pessoas que nunca esquecerei. Entre elas Cirley, uma moça, mãe de dois meninos, cheios de luz. Ela é maratonista, mora também em Mandirituba. Mesmo passando uns apertos financeiros e também com a saúde de seu filho mais velho, que tem uma forte psicossomatia, ela continua forme no esporte. Contou que já correu até descalça, só para participar da corrida. Uma guerreira, de alma jovem e coração cheio de amor.
Para finalizar o dia, nasceu uma lua cheia no céu. A lua mais linda dos últimos tempos. Por trás das araucárias, no pé da serra, lá estava ela. A fogueira foi acessa, os violões afinados e lá fomos nós para uma noite linda, cheia de sintonia. Música, crianças em liberdade, lutando para não cair na cama, mesmo com sono, uma fogueira e as melhores companhias. O sentimento do momento: era aqui que deveria estar. AQUI, AGORA!


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