domingo, 4 de maio de 2014

Sou bicho do Paraná - Expedição Morro do Canal

O Paraná é um dos estados na região sul do Brasil. E que estado lindo!!! Aqui temos belezas de perder de vista. Cachoeiras, ilhas, cânions, trilhas, rios, florestas de araucárias, as Cataratas do Iguaçu, considerada uma das sete maravilhas naturais do mundo, temos uma exuberante Mata Atlântica, sendo a quarta área de mata mais preservada do país, e mais diversas belezas naturais de ficar de boca aberta.
Dentro desse pacote de maravilhas, estão os morros. Aqui, temos o pico Paraná, o mais alto do estado e também da região sul, com 1.877 metros, temos o Anhangava e o Marumbi, muito visitados, o Cataruva, o segundo mais alto, com 1.860 metros, e mais diversos picos.
Eu, mesmo sempre estando em contato com a natureza, nunca tinha visitado nenhum deles, mas sempre estava cheia de vontade de apreciar essas belezas. Então, chegou a hora. O escolhido foi o Morro do Canal, em Piraquara, 36km de distancia de Curitiba.
Na verdade, a expedição Morro do Canal, já tinha começado anteriormente, porém na primeira vez acabei subindo o pico somente até a metade, devido a chuva que começou. Desta vez, além de querer apreciar a beleza do alto do morro, tínhamos outro intuito com essa viagem que era comemorar mais um ano de vida de meu querido Marcelo. Eu, Marcelo, meu irmão Victor, Ana e Guilherme participamos da expedição de aniversário.
O dia, para nossa sorte, estava lindo, céu aberto, clima quente, enfim perfeito para uma visão privilegiada da paisagem do morro.
Era a Mãe Gaia presenteando Marcelo com um dia lindo! Para aproveitarmos aquele lindo momento, acordamos cedo, tomamos um café da manha, reservamos algumas frutas e garrafas de água e partimos para subir o morro.
Da BR até a entrada do morro, precisa-se percorrer um caminho de cerca de 10km. Um caminho maravilhoso, que conta com belas paisagens, cheias de araucárias, a árvore símbolo do Paraná, lindas e exuberantes,  algumas casinhas simples, pequenos rios e muita natureza.
A entrada do pico estava cheias de carros, isso indica que o moimento seria grande. A subida dura em torno de 1h30, isso depende, do ritmo que você quer subir. Uma subida mais lenta se torna perfeita para ir apreciando aos poucos cada parte do pico.
Antes de subir, deixo a dica de realizar alguns alongamentos, pois assim, o corpo sobre mais resistente e as dores musculares no outro dia não são tão intensas. Também é legal levar consigo algumas garrafas de água que podem ser cheias de água da bica que existe na entrada, água geladinha e natural.
Aos poucos fomos realizando as trilhas para chegarmos ao pico. Algumas partes são em meio a mata fechada, outros pontos utilizamos escadas e correntes que estão fixadas nas pedras e em outras partes a subida é bem aberta e arejada ótima para ir apreciando a paisagem que torna-se cada vez mais linda. A cada passo a subida a vista se torna mais e mais linda. Conseguimos aos poucos ver Curitiba, lá longe, o caminhos dos rios e a exuberante natureza em volta ao morro. Pelo caminho, diversas pessoas subiam ou já desciam o pico. A parte mais interessante disso é a alegria dos aventureiros, cada um que passava desejava "bom dia", "boa caminhada" ou pelo menos um oi discreto, mas a educação e simpatia tomavam conta de todos.
A subida foi bastante sossegada e muito alegre, já estávamos em um ritmo bom de caminhada então fomos chegando ao final sem esforço. O sol brilhava e a paisagem se tornava cada minuto mais bela, imagine então no cume?
Chegando ao final da subida, enfrentamos as partes mais "radicais", as escadas se tornavam mais íngremes e as pedras que precisávamos subir ficavam cada vez mais expostas, cada passo tinha que ser dado com muita cautela, pois em deslize ali podia ser fatal.
Em poucos minutos, lá estávamos no cume. A sensação de estar a mais de 1.000 metros de altitude é inexplicável. Parecia que estava voando por cima da mata. De lá, podíamos ver um tapete de mata, o verde se estendia ao redor do morro. Podiamos ver a baia, parte do litoral, Curitiba, bem distante e o caminho dos rios pela mata. Parecia ter sido feito a mão, pedaço por pedaço. E quem disse que não foi?


O sen
timento de gratidão nesses momentos explode, pelo menos por minha parte, é isso que sinto quando estou em contato com a natureza. Aquilo tudo não foi feito para nós... aquilo tudo é nós. Nós somos a natureza, nós somos o ar, as árvores, os rios. Somos uma mesma célula que faz parte da Nave Mãe, que faz parte de algo maior e assim vai. Possibilidades infinitas de combinações e sistemas.
Será que meus filhos terão a possibilidade de apreciar um momento desse?
Ou será que até lá tudo será desmatado visando a construção de um condomínio de luxo exclusivo àqueles que possuem mais verba? Que ocorra o despertar, o mais rápido possível!
Ficamos um bom tempo lá no alto, primeiro para fazer aquele farofa básica, ou seja um lanchinho, pois estava perto do meio dia e precisávamos comer. Depois aproveitamos a vista e demos um tempo lá no alto, meditando, descansando e aproveitando aquele momento maravilhoso.
A descida foi rápida porém puxadinha, nossas pernas já estavam cansada e nós também, porém tudo valeu a pena por aquele lindo passeio e aquela vista maravilhosa que podemos apreciar durante todo o percurso e especialmente no cume.
Para quem quiser conhecer o morro, indico o passeio! Não irá se arrepender! No site Clube dos aventureiros existem algumas informações técnicas e também a localização para chegar sem erro.

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