segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Encontrando raízes, conhecendo a minha história

Aquilo que somos vem de algo bem distante que começou lá nos nossos antepassados, tão antigos que nem podemos imaginar. Quem foram nossos bisavós, avós? De onde vieram, quando casaram, onde foram criados? Isso são coisas tão importantes para descobrirmos mais de nós mesmos e que muitas vezes não damos tanta importância e, assim, sabemos tudo que poderíamos saber.
Mas eu, que adoro uma história, queria ouvir e ouvir as histórias de minha avó paterna Eulina. Uma dos grandes motivos dessa minha decisão de largar tudo e viajar por tudo foi poder me conhecer melhor, saber quem sou, entender mais sobre meus sentimentos essas coisas todas que fazem você descobrir o sentido da vida.
Para matar as saudades e poder dar um xêro gostoso na minha pretinha amada saímos da Ilha Grande junto ao meu tio João, que mora junto com ela em Sepetiba. Eu e meu irmão, Victor, depois de dois anos sem vê-la (a última vez tinha sido em 2013 na minha defesa de TCC), estávamos cheios de saudades.
Minha avó é uma pernambucana cheia de fibra. Veio para o Rio de Janeiro ainda nova e aqui fez sua vida, casando com meu avô carinhosamente chamado de Zézinho. Eu não tive o prazer de conhece-lo, pela distancia em que tínhamos, eu do Paraná, eles do Rio.
Ela criou seus quatro filhos, entre eles meu pai carioca, o Gulga, fez faculdade, deu aula, cuidou da casa, viajou bastante e sempre foi muito segura de si. Todos esses conceitos atuais de mulher independente, feminismo, amor próprio
e tudo mais, são fixinha para ela que sempre se garantiu e, até hoje, com seus 81 anos continua fazendo isso.
Mesmo com a sua idade que, para muitos é tempo de estar mais sossegado, caseiro, para ela não é nenhum obstáculo.
Totalmente saudável, do corpo, da mente e da alma, ela é exemplo para todos nós. Ela viaja com suas amigas para tudo que é canto, dirige seu carrinho, faz compras, cuida da casa, mexe sempre que quer em seu perfil no Facebook e, aconselha muito a gente.
Segundo a médica que está atendendo a ela o único problema que ela tem é a ansiedade, inquietação. Por isso, nada de café e guaraná em pó. Engraçado... Exatamente meus maiores "problemas pessoais", nada é atoa, como disse anteriormente, ta tudo no sangue.
Ela, que não consegue parar, é agiu e independente, sempre fala para a gente correr atrás do nosso futuro. "Não é por que você é mulher que tem que depender de alguém minha filha, faça seu dinheiro, faça sua vida".
A única "modernidade" que ela não gosta é das barbas e cabelos grandes do meu namorado e de seu neto. "Se eu fosse você nem beijava ele não. Essas barbas escondem a beleza deles".

Família ê, família á, família!

E assim foram indo esses dias que passamos lá, reencontros com meus tios, tias e primos, que vejo tão pouco, mas amo e admiro, seus atuais companheiros, Miguel, o bebê da casa, primeiro bisneto de Eulina. Apresentei a eles meu companheiro também e aos poucos, todos se sentiam parte do todo.
Eu amo e sempre amei estar em família, relembrar, tirar sarro, fazer aqueles almoços gostosos, abraçar, beijar, dizer que amo. Pois dar amor é bom demais, ainda mais para aqueles, que, provavelmente, são os que mais me amam e a quem quero estar sempre conectada.
A Sacica, a Kombi colorida, fez tanto, mais tanto sucesso que, todo mundo queria entrar, ver o fogão, as camas, o teto que ergue. Cada um que entrava viajava um pouco e achava que deve ser bom demais viajar o Brasil, nos achando corajosos e diferentes.
Depois de uma semana de dias lindos e coloridos, nos despedimos com aquela tristezinha de quem não sabe quando será o próximo encontro. Ela, ficou no portão com os olhos marejados. EU TE AMO.
Viva o amor, viva as conexões, esses encontros me enchem de gratidão!

A Sacica continua desbravando o Rio de Janeiro, fique ligado!


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