quinta-feira, 13 de março de 2014

Até ano que vem!

O ônibus para os funcionários estava marcado para partir as 11 hrs da manhã e o pagamento liberado a partir das 9 hrs. Acordamos com o grito do pessoal “Wagneeeeeeeer”, “txau Psicodália!”. Na verdade gritos são muito comuns no festival.

Parece algo contagioso. Um começa a gritar, seja o que for, principalmente Fagner, outro já continua ou então inventa um novo grito. Parece uma maneira de libertação, todo mundo dá um gritinho no Psicodália, coisa que não se pode fazer na cidade, por exemplo, sem ser taxado de maluco de pedra. E foi assim que acordamos.
Arrumar acampamento é coisa de guerreiro, dá mais trabalho que arma-lo. Na verdade trabalho é a palavra que resume acampamento. E é por isso que adoro essa prática.
Acampando saímos da zona de conforto do lar, quando botões e tomadas resolvem tudo. Em um acampamento você faz seu fogo, sua comida, sua proteção contra o frio e contra a chuva. Você se vira com os insetos e com a falta de luz.
Depois de alguma labuta conseguimos colocar tudo na mochila novamente. Meus companheiros Victor e Vinicius partiram rumo Curitiba e eu parti para receber minha bufunfa pelos dias de trabalho. Cheguei na fila e encontrei Taina, Claudinha e Natália.
Ficamos um bom tempo na fila, mas sem pressa, afinal sabíamos que o ônibus não iria sair exatamente as 11 hrs e além disso estávamos esperando para receber nosso pagamento, e isso sempre deixa o sujeito feliz.
Depois de estarmos devidamente pagos, fomos esperar os dois ônibus que viriam pela manha. Mais dois viriam à noite, as 21, mas resolvemos ir nesse que sairia cedo. Papo vai, papo vem o festival coloca o chopp em promoção, apenas R$3,00. Começa a gastação.
Nesse meio tempo até a chegada do ônibus tomamos muito chop, conheci de fato KBC que toca com Selecta e aproveitei para elogiar seu som. Gostaria sempre de poder conhecer aqueles os quais admiro o trabalho musical, pois realmente me envolvo mesmo com um som quando gosto dele.
Então, as 16hrs partimos de fato da fazenda. Mesmo cansada, me deu um aperto de estar deixando o festival. Quero mais! No mesmo ônibus que eu foram Bia e sua filha Violeta, que foram nossas companheiras de acampamento no ano anterior. Claro que Violeta já começou colando ordem no ônibus.
Começou proibindo a galera de tocar violão e cantar. Ela dizia:
-Sou da polícia, proíbo música aqui!
Descia do ônibus e quando ouvia o som de novo subia gargalhando e pedindo para que parassem. Momentos depois roubou a chave do banheiro e mostrava ela com um sorrisinho faceiro. O ato final foi abrir a janela e gritar txau para todos que passavam:
- Txau Psicodália, até ano que veeeeeeeeeem!









Um comentário:

  1. A Violeta e sua mãe estavam comigo no ônibus de ida pro Psicodália. Senti falta delas na volta!

    "Tchau Wagneeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer!"

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