segunda-feira, 10 de março de 2014

Rumo ao festival

Neste último Psicodália, participei do festival como trabalhadora. Entrei na equipe de monitoria de 2014. Nós iriamos nos dividir em 3 turnos e cuidaríamos dos campings, da portaria, do QG de informações enfim, pediríamos para o lixo ser jogado no lixo e informaríamos qualquer problema aos responsáveis, enfim,  ajudaríamos a manter a ordem da área do festival.
Na reunião que tivemos na semana anterior ao festival nos conhecemos e fizemos uma espécie de treinamento. A palavra da vez era sempre fazer abordagens calmas, informar com simpatia e sempre tentar ajudar. Nada muito novo, pois no Psicodália a galera sempre se ajuda e reina a alegra e o respeito.
Partimos as 18h30 do dia 27, quinta-feira, na Reitoria da UFPR. O dia estava nublado, as vezes caiam uns pinguinhos fracos do céu. Parti então calçando minha bota Hi Tec, ótima pro mato. E como a previsão era de chuva na cidade do festival, levei na mala a minha galocha, sempre bem vindo no chuvoso Psicodáia, e o indispensável chinelo.
O que não sabia era que as minhas galochas seriam úteis tão cedo. Ao descer no ônibus na estação Central, cheia de coisas, começa uma chuvona. Como não poderia deixar de ser Psicodália e chuva andam juntos, desde o início.
Chegando na Reitoria, encontro Duda, minha colega desde o ensino médio. Foi com ela que fui em meu primeiro Psicodália em 2010. Ela iria trabalhar no Capim Limão, setor da cozinha. Na verdade, chegando à Reitoria reconheci vários rostos da equipe de trabalhadores deste ano. Seria um ano mágico.
Todos ansiosos nos concentramos, bem apertadinhos, nas portas da UFPR, para fugir da chuva torrencial que caia e para esperar os ônibus. Ao chegarem os veículos fomos divididos em equipes de acordo com o setor e trabalho. No mesmo ônibus que eu estava ficaram Taina e Claudinha, minhas grandes amigas.
Colocamos o pé na estrada com muita música e animação. Lucas já foi pegando o violão e tocando muita música boa, daquelas que só ali, naquele momento de carnaval, que poderíamos estar a ouvir em alto e bom som.  Viajamos ao som de Secos e Molhados, Mutantes e Novos Baianos.
Se você é daqueles que adora um rock, uma boa música brasileira e não quer escutar axé, deseja ficar longe de micaretas e afins o Psicodália é seu lugar. Lá, se pode curtir um carnaval longe das praias abarrotadas de carros com som alto, fugir de micaretas ou funk. Não que seja um pecado gostar dessas coisas, mas é certo que se você não curte essa folia carnavalesca é difícil encontrar um canto com outro estilo para aproveitar o feriadão.
E é pra lá que nos levava a estrada, para um ambiente de música de qualidade e muita psicodelia. Arte em toda parte, respeito, novas ideias. Crianças em liberdade, sem medo de brincar e ser felizes. Famílias, casais, amigos, grandes grupos e solitários que logo estavam fazendo novos amigos.
Chegando a cidade de Rio Negrinho, SC, fomos a Fazenda Evaristo, local que acontece o Festival. Era quase meia noite e estávamos mais animados do que nunca. Fomos o primeiro ônibus a chegar. Descemos em frente a cantina.  A fazenda estava silenciosa e vazia. Ficamos no local esperando o resto dos ônibus.
Depois de cadastrarmos nossos nomes, pegarmos nossas pulseiras e nossos cartões tinha de armar acampamento. No Psicodália ao invés de dinheiro usamos as Dália. Você recebe um cartão, o carrega e  usa para realizar pagamentos  dentro do festival. Comidas, bebidas, mercearia e bazar aceitavam as Dálias.
Wesley meu amigo de Curitiba já estava no festival a alguns dias cuidando da TI. Como chegou antes, já tinha achado um bom local para camparmos. Ficamos no acampamento Mutantes, perto do lago. Um grupo grande de mais de 20 pessoas iria acampar junto naquele local. Alguns já tinham vindo na equipe de trabalhadores e outros iriam chegar no dia seguinte.
Armas barracas e lonas no escuro foi uma tarefa trabalhosa que precisou de muita cooperação para acontecer. Um iluminava a área do outro, ajudava a armar a barraca, dividia lona e assim vai, o desejo era que todos ficassem bem colocados. Após longo trabalho terminamos de nos arrumar e corremos para a cama. O dia seguinte começaria as 8hrs para todos, quando aconteceria uma reunião e o início do primeiro turno que era o meu, por coincidência...

Nenhum comentário:

Postar um comentário