quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Primeiro dia de festival. Sem hora e data


Após resolvidos os entraves das entradas com a Camila, estávamos liberados para entrar no Festival. Já na fila de retirada da pulseira encontrei Camila, chamada por mim de Camilinha, que também é de Curitiba e uma grande amiga. Que bom encontrar meus amigos no festival. Curitiba é tão pequena que até na Bahia nos encontramos.


Após a passagem da porta de entrada do festival passávamos por trilhas no meio de coqueiros e árvores. Andávamos cerca de  2km e só então começava  o início do primeiro camping. Ao chegar no começo dos acampamentos e perceber a movimentação do local a surpresa foi enorme. Nesse momento tivemos a dimensão real do era o Universo Paralello.
Uma área lindíssima. Uma praia maravilhosa, coqueiros, sol. Ao todo, o festival contava com 8 áreas de camping e 6 palcos. Além das áreas de cozinha comunitárias, galerias de artes, tendas de cura, praça de alimentação, com diversas opções de lanchonetes e restaurantes, e áreas de banho. Indescritível a sensação de estar naquele lugar. Era arte e alegria em todo canto.
Como estramos com um dia de atraso, os campings na beira da praia estavam lotados. Seguranças controlavam o fluxo de pessoas. Sem saber direito para qual canto ir, fomos desbravando os locais. Seguindo reto pela praça de alimentação, chegamos ao palco Mainstage, que fica atrás das áreas de praia. Andando um pouco mais para a lateral dessa área encontramos a sombra de uma árvore. Um precioso achado quando, o sol já estava a pino logo ao nascer do dia.
Armamos acampamento no local. Organizamos nossas bagagens, armazenamos as comidas na sombra e fomos nos preparando para uma ducha. Nesse meio tempo o dono de uma de nossas barracas vizinhas chegou e foi nos cumprimentar.  Qual não foi a surpresa, quando descobrimos que ele era Vina, Vinícius, amigo de Fábio. Para completar a surpresa, ele nos contou que logo mais, a poucas barracas, estavam acampados Cláudio, Lu, Geovana, Bruno, Luiza e todos os nossos amigos, que queríamos muito encontrar lá dentro.
Aos poucos tudo foi fluindo, encontramos quem queríamos, conseguimos um bom local para acampar e agora poderíamos tomar banho e relaxar na medida do possível.

O local para duchas era perto de nossas barracas. Era dividido para mulheres e homens. Lá dentro não existiam portas nas duchas, apenas separações. A água vinha do mangue e era amarela e com um cheiro estranho. Nem preciso dizer que era gelada, uma delícia por sinal, quando você está num sol de lascar. Uma nova experiência nessa vida, tomar banho, por mais de uma semana, com água do mangue.

Tudo pronto, banhos tomados, lá fomos nós, desbravar o ambiente e procurar a cozinha para cozinharmos um café da manha. O primeiro passo foi desligar os celulares. Uma das melhores coisas de festivais é poder esquecer datas e horários e simplesmente curtir o dia, sem pressa. Para nos acharmos fomos seguindo o mapa que existia na programação que ganhávamos na entrada do festival. Nós primeiros dias ela de grande valia, depois, já decoramos os locais e andávamos como se estivéssemos em casa.

A cada passo que dávamos o coração batia mais forte.

Era arte, cor, sensações, pessoas diferentes em todos os cantos. Cada palco tocando um estilo de eletrônico (os mais entendidos podem falar melhor sobre isso, pois pra mim muitas vezes era o mesmo som). Isso tudo na beira de uma praia linda. Pisamos na areia com um alívio de missão cumprida. Nos banhamos no mar e nos abraçamos de felicidade.
Conhecíamos brasileiros de todos os cantos. Estrangeiros de diversos países. Diversas línguas eram escutadas e se misturavam na multidão. Todos dispostos a conversar, conhecer e respeitar a todos. A vibe que só um festival proporciona a quem vai.
Viva o Universo Paralello!

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