sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Mais do mesmo: um passeio pela estrada da Graciosa

Depois de uma semana chuvosa, a última semana foi de grande calor em Curitiba. Todo dia cedo o sol já estava a esquentar. A cada dia eu queria mais e mais estar em uma cachoeira ou na praia. Tentei de tudo para fazer um passeio, mas só tive desencontros. Desisti então.
Foi quando, na quarta-feira ao final da noite recebi uma mensagem de meu amigo Eduardo chamando eu, minha mãe e meu afilhado Pedro para um banho de rio. Topei na hora e tratei de avisar para eles, que também toparam na hora.

A quinta-feira começou com um céu azul e um sol quente, só pensava em cair pro rio e ver a estrada da Graciosa e suas belezas. A antiga estrada da Graciosa é uma das mais belas estradas do país. Nela podemos conferir o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil. São cachoeiras, riachos, plantas e animais silvestres, além da vista com morros em volta. É declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Desde pequena ia fazer esse trecho, para fazer piquenique e tomar banho de cachoeira, e, até hoje cada vez é uma nova emoção. É beleza de se perder de vista.
Desta vez, não foi diferente, porém, como minha sorte é grande, como sempre, quando começamos a chegar perto da entrada da estrada antiga o céu foi se enchendo de nuvens e dando impressão de que iria chover, e muito.
Começaram alguns pingos de leve e o céu foi se armando cada vez mais. Fiz, pela primeira vez, o trajeto com chuva. Nada que diminuísse a beleza daquela natureza exuberante. Abrimos as  janelas e deixamos os pingos entrar no carro. Nesse meio tempo Pedro já tinha capotado em meu colo, nem os pingos de chuva o fizeram acordar. Ser criança é bom demais!
Resolvemos parar em um quiosque para esperar a chuva passar. Em poucos minutos a chuva pegou forte. O céu estava realmente preto. Minha mãe dizia:
- Vamos sentar aqui e esperar, logo essa chuva passa, por que é trovoada.
- Espero que sim- dizia indignada- por que eu acho que não vai parar.
- Vamos apostar- propôs Pedro- se parar você me compra um sorvete se não parar eu te compro.
- Fechado- disse eu e apertei a sua mão para selar nosso contrato, já pensando que iria ganhar.
Ficamos sentados nas mesinhas comendo pastel e observando a chuva. Os trovões faziam altos barulhos que estremeciam nossos ouvidos. Eles viam seguidos de raios, grandes e amendrontadores que saiam detrás da floresta. Um lindo espetáculo de cores e sons.
Cerca de meia hora depois, a chuva foi acalmando e o lado direito do céu foi se abrindo assim como Pedro anunciava aos quatro ventos:
- Olha lá, tá abrindo o céu, olha- dizia ele apontando para o pedaço do céu aberto- acho que alguém vai ter que me pagar um sorvete. Lá lá lá lá, ganhei!
E realmente, aos poucos a chuva foi cessando e o céu abrindo. Nem precisou parar totalmente nós já estávamos entrando no rio.
A água estava quentinha e muito gostosa. Devido a chuva a correnteza estava fortíssima e era muito fácil ser levado por ela. Tínhamos que ter cuidado. Entramos na água e á ficamos curtindo vários mergulhos e também a paisagem por baixo da água. Diversos peixinhos nadavam a vontade. Meu afilhado ficou amarradão no que via, nunca tinha visto a água da cachoeira por baixo.
Andamos nas pedras, tiramos fotos e curtimos o final da tarde de calor que nos restava. Resolvi andar um pouco nas pedras com Pedro. E no retorno uma grande surpresa: um linda cobra com seu filhote estava comendo um bicho, que não consegui identificar, no mato. Por poucos não pisamos ao seu lado.
Uma cobra amarela cintilante e seu filhotinho, da mesma aparência, em cima dela esperando sua vez de comer. Lindíssimas. Ficamos olhando, de longe claro, e admirando aquele lindo ser. Viva a natureza e suas belezas!


Cobra e seu filhote. Lindo demais










2 comentários:

  1. Amiga linda! Li todos relatos! Desejo que você tenha oportunidade de escrever + 1 milhão deles :)

    <3

    ResponderExcluir